O Sofrimento nos dias Atuais

Aqui você encontrará reflexões sobre os sentimentos genuínos que enfrentamos na era digital.

1/1/20252 min read

Um estudo publicado em 2022, na revista médica JAMA Pediatrics, analisou que houve aumento significativo nos casos de crianças diagnosticadas com ansiedade e depressão, entre os anos de 2016 a 2020. Além disso, observaram também, um aumento de problemas relacionados à saúde mental entre os pais e cuidadores.

Para os pesquisadores, a pandemia da covid-19 reforçou ainda mais a necessidade de monitorar a saúde mental dos pequenos

Os dados foram coletados da Pesquisa Nacional de Saúde Infantil dos Estados Unidos. Para a realização do levantamento, os cuidadores de cerca de 174 mil crianças e adolescentes de até 17 anos de idade responderam a um formulário online ou via correios.

De acordo com os resultados, o número de crianças diagnosticadas com ansiedade cresceu 29% no período, e os casos de depressão aumentam 27%. Houve também diminuição de 18% na quantidade de crianças que fazem algum tipo de exercício físico todos os dias. Durante a pandemia (entre 2019 e 2020), os pesquisadores relataram, ainda, aumento de 21% no número de crianças com problemas de comportamento ou conduta

“Em conjunto, essas descobertas destacam a necessidade crítica de apoiar as crianças e seus cuidadores para melhorar o bem-estar mental e emocional das famílias e fornecer opções de cuidados infantis que possam garantir o bem-estar econômico das famílias”, avaliaram os pesquisadores. “Este estudo se soma à crescente literatura que aponta para uma exacerbação dos desafios trazidos pela pandemia de covid-19, destacando a necessidade urgente de garantir o acesso das crianças a serviços de saúde oportunos, promover comportamentos saudáveis e apoiar os pais para fortalecer o bem-estar familiar”, concluiu o documento.

Como ajudar essas crianças?

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, descobriu que crianças que passaram mais tempo ao ar livre tiveram menos problemas de saúde mental na pandemia. Os pesquisadores acompanharam 706 famílias, com crianças entre 3 e 7 anos, para entender como a pandemia (e todas as mudanças que vieram com ela) tem influenciado o comportamento das crianças, e comprovaram que aquelas que tiveram mais oportunidades de passar tempo ao ar livre nos últimos dois anos apresentaram menos problemas relacionados a comportamento e saúde mental.

"Conectar-se com a natureza é uma maneira eficaz de apoiar o bem-estar das crianças nesse momento de pandemia. Mostramos que aumentar a quantidade de tempo ao ar livre pode ser mais uma das muitas ferramentas com impacto benéfico para a saúde mental dos pequenos", disse a psicologa Elian Fink, que participou do estudo.

O pediatra Daniel Becker, autor do site Pediatria Integral e colunista da CRESCER, também destacou em uma de suas colunas a importância do contato com a natureza no contexto pandêmico. Segundo o especialista, brincar ao ar livre é um antídoto fabuloso para os piores males vividos pelas crianças e agravados na pandemia. "Os resultados você vai ver imediatamente na felicidade e bem-estar deles, no apetite do jantar e no sono profundo à noite. E os benefícios a médio e longo prazos estão claramente estabelecidos pela ciência, inclusive habilidades como melhor foco, atenção, memória, empatia, imunidade, capacidades cardiorrespiratória e de aprendizado e muito mais", ressaltou

Fonte: https://revistracrescer.globo.com

a young boy running through a flock of pigeons
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